Você já parou para pensar em quantas decisões você toma por dia?
Desde as mais simples (que roupa usar, qual o melhor horário para aquela reunião) até as mais complexas (qual faculdade cursar, comprar um concorrente).
O fato é que neste mundo volátil, não linear, cheio de incertezas, muitas vezes incompreensível, as melhores decisões devem ser tomadas a partir de dados e informações e com a contribuição de várias pessoas.
Porém, envolver as pessoas pode trazer armadilhas que precisamos estar atentos.
Vejamos:
Armadilha 1: ninguém age, fatos externos decidem pelo grupo
- Equipe não tem chance de influenciar na decisão.
- Resultados podem ser altamente prejudiciais.
- Incentivo a postura “deixa acontecer”
Armadilha 2: o líder toma a decisão sozinho (autocrática)
- Desperdício e subutilização das competências dos indivíduos.
- Líder como gargalo nos processos.
- Cerceamento da diversidade/ ideias divergentes.
- Acomodação ao binômio “dominação – passividade”.
Armadilha 3: decisão tomada por representantes do grupo (minoria < 50%)
- Decisão restringe-se ao lado técnico dos poucos experts.
- Desperdício do conhecimento/ competências.
- Falta de comprometimento da maioria não participante
Armadilha 4: decisão tomada pela maioria (maioria > 50%)
- Falta de comprometimento da minoria perdedora.
- Formação de subgrupos alianças circunstanciais baseada em agendas ocultas.
- Perda de sinergia e criação de competição.
Armadilha 4: decisão partilhada por todos (consenso = 100%)
- Adiamento da uma decisão.
- Perda de prazos e oportunidades.
- Concessões que gerem uma solução híbrida e frágil.
As duas últimas armadilhas trazem o dilema: maioria x consenso
Maioria:
- A tomada de decisão é compartilhada com todos os interessados (100%), porém a decisão é definida pela maioria.
- A decisão votada deve ser aceita conforme regras predeterminadas de comum acordo.
- Geralmente há um lado vencedor e uma minoria perdedora, que pode não concordar, aceitar ou apoiar a decisão.
Para ganhar “no voto”, ouço quem diverge de mim procurando descobrir no que ele erra, para poder mostrar isso aos outros.
Consenso:
- O objetivo é o desenvolvimento de uma decisão que seja a melhor para o grupo como um todo.
- Cada membro do grupo, mesmo que não a apoie completamente, concorda que a decisão é aceitável e que não trabalharão contra ela.
- Cria espaço para que todas as opiniões sejam ouvidas: as partes de menor influência têm voz.
Ouço o outro procurando identificar o que ele tem de verdade, para tentar unir à “minha” verdade.
E você, o que acha? As melhores decisões devem ser tomadas por maioria ou consenso?