Cada vez mais o exercício da liderança amplia o entendimento das questões humanas, individuais e coletivas.
O modelo de comando & controle já não serve mais para a nova realidade, novas expectativas, novas necessidades e novos modelos de relacionamento no ambiente organizacional e social.
Um novo modelo já vem tomando forma há alguns anos, combinando elementos de inteligência emocional, psicologia positiva, resiliência, disrupção, propósito, significado, enfim, tornando a liderança mais humanizada e ressonante.
Essa nova liderança pressupõe 3 qualidades essenciais no conjunto de competências do líder: empatia, esperança e compaixão.
Pode parecer algo esotérico, espiritual, religioso, benevolente e tantas outras impressões que muitos líderes acreditam que não “cabem” no mundo organizacional.
O fato é que numa nova cultura, a qualidade dos relacionamentos, a importância que se deve dar aos elementos da natureza humana, o perfil das novas gerações, a preocupação com a qualidade de vida, com ambientes menos tóxicos, com processos de comunicação menos “violentos” e as novas demandas motivacionais, são condições necessárias para atender as necessidades e expectativas dos stakeholders da liderança.
A posição de líder (de pessoas, processos e resultados) foi desenhada para resolver problemas, solucionar crises, tomar decisões difíceis, tratar de uma série de situações estressantes que absorvem totalmente seu tempo e energia.
A consequência desse cotidiano é a dissonância nas relações interpessoais e no clima organizacional.
Dissonância pode ser definida como a “falta de harmonia e/ou discordância entre duas ou mais coisas.” Ou entre pessoas!
A dissonância constante e permanente, leva o líder a adotar posturas de herói, entendendo que tem a obrigação de saber de tudo, ter soluções para tudo, tomar decisões precisas e rápidas, compatibilizar todos os interesses (muitas vezes absolutamente contrários) dos envolvidos, não errar jamais!
Somos bem-sucedidos na maioria dessas situações, o que nos faz sentir eficazes. Mas, essa eficácia nos leva à síndrome do sacrifício.
“Acontece da seguinte maneira: no processo de nos doarmos, doamos demais, fazendo com que no final nos tornamos ineficazes.
Com o passar do tempo, limitamos a capacidade de sustentar um alto desempenho e experimentamos o estresse crônico do poder.
Nesse estado, uma parte do nosso cérebro límbico fica em alerta. Ativa os circuitos neurais. Libera um conjunto de hormônios na corrente sanguínea, que dispara o ato de lutar ou fugir.”
Você já experimentou o estresse crônico do poder enquanto líder?
Como você lidou com isso sem perder a capacidade de autogestão das suas emoções?
Gostaria muito de ver compartilhadas suas experiências!
Acompanhe meus próximos posts sobre essa nova e vibrante liderança!