“Em 2017, a lesão no meu cotovelo direito era tão grave que fui forçado a ficar fora do circuito por seis meses. A lesão era um dos problemas. O outro grande era a motivação. Eu não tinha problemas para treinar e curtir a quadra de tênis, mas tinha obstáculos mentais quando precisava competir.
Um dia compartilharei mais a fundo que tipo de desafios eu precisei enfrentar e como me senti. Sempre respeitei pessoas que compartilham seus momentos mais vulneráveis como pontos de virada para achar a real força que inspira tanta gente. Eu estive vulnerável tantas vezes nos últimos anos. E ainda sou/estou vulnerável. Não tenho vergonha disso. Pelo contrário. Isso me torna mais verdadeiro para mim e para os outros. Permite que eu me aproxime das pessoas. Permite que eu busque fundo e analise o que está acontecendo de verdade dentro de mim. Quando eu descubro, consigo criar uma estratégia para superar esse problema e seguir em frente como um ser humano mais forte e mais sábio.
Nos últimos dois anos não fui paciente com minhas expectativas no tênis. Não fui sábio em montar estratégias. E, certamente, não estava ouvindo atentamente o meu corpo me dizer que havia algo sério acontecendo com meu cotovelo. Eu estava tentando encontrar soluções em outro lugar, e a solução sempre esteve dentro de mim.
Depois de muitas mudanças no meu treinamento, na raquete, nos integrantes do time, eu não sabia se conseguiria chegar ao nível desejado de tênis. Na verdade, uma parte de mim sempre acreditou nas minhas próprias qualidades e capacidades, mas houve momentos de dúvida em que eu poderia ter agido de maneiras diferentes.”
Essa foi a carta escrita pelo tenista sérvio Novak Djokovic alguns dias depois de conquistar o título de Wimbledon (leia a versão original aqui). Emocionante, não é mesmo? Um campeão que falha é um campeão mais humano, e Djokovic mostrou, mais uma vez, porque é um dos maiores personagens do esporte.
Refletindo sobre a carta, listo abaixo algumas lições que podemos tirar com esse breve relato.
Lições do Djokovic:
- Ouvir o corpo… ele manda sinais (a lesão).
- Atender aos sinais da mente (a motivação).
- Superar os obstáculos mentais (crenças limitantes).
- Enfrentar desafios e virar o jogo (turning points).
- Humildade e vulnerabilidade (somos comuns, somos humanos).
- Autoconhecimento (descobrir a si próprio e criar estratégias de superação).
- Só você tem as melhores repostas (a solução está dentro de mim).
- Mude o que tiver que mudar. Acredite acima de tudo nas suas próprias capacidades (houve momentos em que eu poderia ter feito diferente).
Ninguém pode fazer isso melhor do que você!
E, se precisar de ajuda para descobrir o que há de melhor dentro de você, conte comigo!