Nos últimos dois posts aqui do blog, eu apresentei o perfil de um grande líder na era digital e também pontuei quantos profissionais nós precisamos para ter uma equipe engajada com o mundo digital. Para concluir a nossa trilogia, proponho um exercício sobre como os departamentos de RH, startups e empresas familiares podem ajudar a desenvolver líderes digitais.
Me responda: o que você pode fazer para incentivar e desenvolver uma liderança digital eficaz e criar um ambiente no qual os grandes líderes digitais prosperarão? Inspirado no Índice de Sustentabilidade Digital (Digital Sustainability Index), desenvolvido pelo Korn Ferry Institute, identifico três etapas principais que as organizações podem adotar:
1. Defina a mudança necessária e torne-a real
Iniciativas de sustentabilidade digital estão condenadas ao fracasso, a menos que sejam apoiadas por líderes habilidosos que entendam e acreditem na mudança necessária. Ou seja, é preciso elevar a mudança para o nível de uma agenda organizacional e de gestão com responsabilidade, ao invés de torná-la domínio de especialistas em particular. Ela deve ser relevante e real, identificando as principais lacunas organizacionais e de liderança e definindo os resultados para preencher estes espaços.
Lembrem-se que a mudança é imprevisível, incessante e incontrolável. E sempre foi assim! Mas, neste novo mundo digital, agora ela é ainda mais rápida. Arrisco dizer que não existe mais gestão da mudança e sim gestão da transição!
2. Construa um ecossistema de apoio
Crie e cultive uma comunidade em torno da organização para apoiar os líderes a mudar. Ajude-os em seu desenvolvimento, trabalhando a autoconsciência e a exposição a novas experiências. Entre em contato com consultores confiáveis para permitir que os gestores ampliem a sua conectividade e criem os relacionamentos abertos essenciais para o sucesso individual e organizacional.
Neste novo mundo, uma das palavras de ordem é colaboração. A formação de ambientes colaborativos em redes e plataformas é essencial para enfrentar as complexidades e ambiguidades, gerando autodesenvolvimento, aprendizado e evolução constantes.
3. Abrace o desconforto para desbloquear a mentalidade
Reconheça que uma mudança de mentalidade não pode ser treinada; ela deve ser experimentada. Toque no ecossistema externo para expor os líderes a experiências intensivas e imersivas que visem às principais lacunas de liderança. Isso pode significar procurar maneiras de dispensar a hierarquia para criar oportunidades para assumir riscos, experimentar e testar ideias em ciclos iterativos.
Use também, sem moderação, os conceitos da Carol Dweck sobre mentalidade de crescimento. Fracassos, erros, insucessos devem ser sempre parte do processo de desenvolvimento pessoal, profissional e organizacional.